CARLKISS DANCE- COMPANHIA DE DANÇA NEGRA CONTEMPORÂNEA, Criada em 1997, por Carlos Kiss. Constituindo sede no mesmo ano em Campinas –SP. A CARLKISS DANCE- COMPANHIA DE DANÇA NEGRA CONTEMPORÂNEA, tem como ênfase a montagens coreográficas e pesquisa das danças negras tradicionais e contemporâneas, com base nas técnicas da dança negra. Com o objetivo de expandir e divulgar o ensino e as técnicas de dança negra, principalmente entre as crianças e jovens, proporcionando a prática de dança.
Nossos espetáculos, Cursos e técnicas de Dança já percorreram vários estados brasileiros e diversos países, como Noruega, Suécia, Finlândia, Alemanha, Espanha, França, Portugal, Dinamarca, Estados Unidos, África do Sul, Suíça, Moçambique, Taiwan. Sempre com intercâmbio de experiência em dança, aos quais socializamos em nosso espaço com os alunos e comunidade em geral.
Como resultado destes trabalhos, desenvolvemos parceria com a Banda suiça-senegalesa ACAO, cujas músicas do cd DJAM, foi coreografada por Carlos Kiss para a montagem do espetáculo DPAEIZX e com a Ballethinic Dance Company de Atlanta-EUA, dirigida por Warvely Lucas III, com quem tivemos o prazer de trabalhar e conviver na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2012, a coreografia “Two Ways, One Place”, foi a única coreografia latinoamericana selecionada para apresentação no daCI/WDA, Global Dance Summit, em Taipei,Taiwan.
Em 2013, o espetáculo “BRAZIL”, foi o vencedor do Mapa Cultural Paulista, representando Campinas.
Em 2014, o espetáculo “Vivencias de Dança Negra Contemporânea” foi apresentado em vários espaços culturais e comunitários de Campinas e pelo Estado de São Paulo, fez parte das Atividades da Copa realizadas pela Secretaria de Cultura de Campinas.
2014- Prêmio Brasil- Intercambio – Secretaria Economia Criativa – MinC-2014, propiciou apresentações do espetáculo “Vivências de Danças Negras Contemporânea” na África do Sul e em Moçambique, na Universidade Eduardo Mondlane na Conferência Internacional: Dinâmicas Sociais em África e no Centro Cultural Brasil-Moçambique- Itamaraty – na cidade de Maputo.
Em 2015, o espetáculo de Vivências de Dança Negra Contemporânea percorreu a região metropolitana de Campinas, São Paulo e Jundiaí. Participou do Festival Camdança _ Festival de Dança Contemporânea e da Conferência da daCI - Copenhagen – Dinamarca, com workshops e apresentação de dança.
Carlos Kiss criou para a novela “Escrava Mãe” da Rede Record, a coreografia solo para a personagem da atriz Nayara Justino e a Dança Lundu Tradicional dançada pela Companhia.
Em 2016 oficializamos o I Intercambio Internacional de Dança Negra, que ocorria com o nome de Encontro, desde 2012, passando a realização anualmente em Moçambique, Brasil e na África do Sul, , Em Moçambique ocorre em Maxaquene D e George Dimitrov, com companhias locais e com a parceria com as Companhias de Dança M’Pfecane e Lwande, ambas de Maputo. Na Africa do Sul, é realizado nas comunidades de Orange Farm, Soweto, Pretoria, Daveytone e Katlehong. Com parcerias com os Grupos: Soweto Moves Project, Taxido Arts Productions, Daveyton Ekhurhuleni Arts Foundation e Jabulile Arts and Culture Society. E no Brasil, a sede é em Campinas, no Espaço Arte Africana, com espetáculos realizados nas cidades do interior.
Durante este período até 2020 o Intercambio foi realizado ininterrupto até janeiro de 2020, no final de 2020 e início de 2021 realizamos atividades do Intercambio de forma online.
Realizamos em 2021, inúmeras performances de dança, palestras e aulas para grupos parceiros no Brasil, de forma remota, online.
NOSSAS HISTORIAS
Destaque
É uma coreografia criada por Carlos Kiss, em 1984. Esta remontagem atualizada pelo coreografo, utiliza técnicas de dança negra, com a referência da corporeidade e concepção cosmológica da civilização BaNtu, desenvolvidas através de pesquisas in loco, principalmente em Moçambique e África do Sul. A coreografia tem 45 minutos, pensada para espaços abertos e fechados, possibilitando a sua apresentação em diferentes ambiente e contextos. A coreografia inicia com a criação e expansão de toda a energia que existe, criadora do universo, sendo representada por uma entidade com máscara tradicional do povo Chockwe e desenvolvendo danças com técnicas corporais de povos Chokwe e Zulu. Na sequência coreográfica retrata o surgimento da humanidade e da expansão desta humanidade, representado nas cosmo-percepções da civilização BaNtu, a representação deste processo é desenvolvida pelos corpos femininos, mantenedoras do equilíbrio da comunidade, através de técnicas de danças do povo, Zulu, Ndebele e Xhosa. A travessia por Kalunga, nos navios da morte, os corpos inertes, separados de sua existência e do que existe, resistindo e adaptando-se a novo “o que existe”, para construir a sua existência, na esperança da libertação da escravidão. A parte final da coreografia é a defesa da territorialidade, compreendendo esta como espacial e identitária. É apresentada uma sequência de danças guerreiras tradicionais do povo Zulu, as quais revelam a disposição dos povos BaNtu em defender seus territórios, identidades e honra aos ancestrais seja em África ou na diáspora. “ESSÊNCIA: O PODER DA ANCESTRALIDADE”, remontagem, realizada após sua estreia há quase 40 anos, é um compromisso contínuo com a evolução da obra, incorporando informações dados técnicos e coreográficos ausentes na versão original. Essa atualização é resultado de um extenso período de pesquisa e aprofundamento nos conhecimentos históricos e cosmológicos relacionados aos povos Bantu. A inclusão desses dados técnicos e coreográficos adiciona uma camada mais rica à performance, oferecendo ao público uma compreensão mais aprofundada e próxima da autenticidade da expressividade do corpo BaNtu. A ênfase na autonomia e expansividade desse corpo, contrasta com as tentativas de invisibilidade e apagamento realizado pela escravidão e opressão. Destacando a resiliência e a vitalidade que a obra busca transmitir. Esta visibilidade aos nossos corpos e identidades BaNtu, que “ESSÊNCIA: O PODER DA ANCESTRALIDADE”, apresenta para a comunidade, gera reflexões sobre estes corpos e a identidade que construíram para nós, diferente das históricas e memorias que estão enraizadas e quase esquecidas nas profundezas de nosso ser, as quais, aos poucos são despertadas por nossas ancestralidades. Escolhemos utilizar fragmentos da coreografia em ensaios abertos como parte da preparação para a montagem final, contribuindo para um envolvimento mais profundo e participativo da comunidade. Isso cria um espaço inclusivo para a troca de ideias, experiências e sentimentos, permitindo que os artistas e o público compartilhem suas interpretações e percepções sobre a expressão da corporeidade negra BaNtu. O fato de o processo ser conduzido exclusivamente por artistas negros e negras destaca a importância da autenticidade e autorrepresentação na narrativa artistica. ESSÊNCIA: O PODER DA ANCESTRALIDADE, é parte prática constituinte de minha pesquisa de mestrado em Artes da Cena do Instituto de Artes da UNICAMP, revelando todo este longo processo de estudos sobre a corporeidade e cosmologia do povo BaNtu.